CONGRESSO DOS 70 ANOS DA COFERÊNCIA DOS RELIGIOSOS DO BRASIL

(CRB) - Um Marco de Memória, Mística, Profecia e Esperança

A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) celebrou os 70 anos de história com um congresso extraordinário.  Reuniu religiosos e religiosas de todo o país, para refletir sobre sua trajetória. Teve como temática: a Memória histórica e agradecida, a Mística, a Profecia e a Esperança, e visou, também, renovar o compromisso como Vida Religiosa Consagrada no Brasil. O evento realizou-se em Fortaleza, CE (Nordeste do Brasil), em 30 de maio a 2 de junho. Foi marcado por momentos de profunda espiritualidade, reflexão histórica, partilhas, encontros e celebrações.

O PRIMEIRO DIA TEVE COMO FOCO A MEMÓRIA HISTÓRICA

O Congresso teve início em 30 de maio, com Celebração Eucarística de Corpus Christi, presidida por Dom Gregório Paixão. Estiveram reunidos bispos, presbíteros, religiosas e religiosos das 20 regionais da CRB do Brasil. A abertura oficial foi realizada pela Presidente da CRB Nacional, Irmã Eliane Cordeiro de Souza. Marcaram presença outros destacados líderes religiosos, incluindo a Secretária Executiva da CLAR, Irmã Daniela Cannavina, e os ex-presidentes da CRB Nacional: Irmão Claudino Falchetto e Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro.

Frei Luiz Carlos Susin desenvolveu o tema: “a memória histórico-eclesiológica dos 70 anos da CRB Nacional”, conduzindo os participantes a uma verdadeira viagem pelos caminhos trilhados pelos religiosos, nesses 70 anos de história. Em seguida, Irmã M. Neusa dos Santos, coordenadora da Comunicação da CRB, exibiu um videodocumentário sobre a trajetória da Conferência. O primeiro dia foi concluído com orientações sobre a peregrinação do dia seguinte.

O SEGUNDO DIA FOI A MÍSTICA VIVENCIADA

Na manhã do segundo dia, os congressistas partiram para o Santuário de São Francisco das Chagas, em Canindé-CE, onde participaram de uma caminhada imbuída de mística e espiritualidade, moderada pelas Irmãs Luzinete de Araujo, Rocilene do Socorro Souza e Frei César Lindemberg. A romaria a Canindé foi um destaque, onde a Vida Religiosa Consagrada se uniu em fraternidade e oração, fortalecendo o espírito dos participantes e celebrando a mística cearense. A celebração Eucarística foi um momento de celebrar um longo percurso de alegrias e lutas, nos 70 anos da Conferência dos Religiosos do Brasil, a CRB.

Aos pés da maior imagem de São Francisco do mundo, a Vida Religiosa Consagrada do Brasil se colocou em contemplação e louvor a Deus por nossa casa comum. "Tudo está interligado, como se fôssemos um".  

Canindé-CE tornou-se a casa da Vida Religiosa Consagrada nos 70 anos da CRB. A jornada incluiu uma Celebração Eucarística e um momento orante, encerrando com o retorno a Fortaleza.

A PROFECIA CONDUZIU O TERCEIRO DIA

O terceiro dia contou com uma Celebração Eucarística que trouxe presente alguns dos mártires da Igreja da América Latina, destacando as figuras de Irmã Dorothy, Dom Pedro Casaldáliga e Oscar Romero.

O painel das Presenças Proféticas trouxe palestrantes como Irmã Raquel Pena Pinto, que falou sobre a Casa Betânia, em Porto Alegre – RS: um centro de acolhida para mulheres vítimas de violência doméstica. Irmã Rita Lopes abordou a missão junto aos povos indígenas de Roraima. Irmã Maria Lourdes Urban trouxe o tema da ecologia integral, enfatizando a solidariedade diante das catástrofes ambientais, destacando as catástrofes causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

As Salas temáticas foram momentos fortes do Congresso. Os congressistas participaram de salas temáticas onde refletiram sobre: Juventude, vocações, vida comunitária, comunicação, tecnologia, entre outros. O dia foi encerrando com um brinde aos 70 anos da CRB e uma noite cultural animada pelo cantor Zé Vicente.

 A ESPERANÇA ENVOLVEU OS CONGRESSISTAS NO ÚLTIMO DIA

Após um momento orante, Irmã Elis Alberta Ribeiro dos Santos apresentou a Casa Amazônica de Francisco e Clara, focada em novas economias para o cuidado das vidas. Irmã Vera Isabel Rambo Coutinho expôs a caminhada do Projeto Intercongregacional e Interinstitucional TransformAção, e Irmã Maria Couto falou sobre a Rede de Assessores e Cuidantes da Juventude.

O aprofundamento da temática foi conduzido por Irmã Zuleica Aparecida Silvano, e Irmã Joilson de Souza Toledo. Comentaram sobre a fé, a esperança e a caridade, virtudes centrais da vida consagrada e culminando em uma Celebração Eucarística, presidida pelo Secretário-Geral da CNBB, que encerrou o evento.

SENTIMENTO DE GRATIDÃO E ESPERANÇA

O Congresso foi um evento de profundo significado para todos os que participaram, marcado pela celebração da memória, mística, profecia e esperança, que caracterizam a Vida Religiosa Consagrada no Brasil. Os participantes saíram renovados, com um sentimento de gratidão pelos 70 anos de história e a esperança de continuar sua missão com renovado vigor e criatividade, inspirados e conduzidos pelo Espírito Santo.

Concluímos esta celebração com profundo sentimento de gratidão e esperança. Gratidão a todos os religiosos e religiosas que, com sua dedicação e sacrifício, construíram e continuam construindo a história da CRB. Esperança de que, inspirados pelo Espírito Santo, possamos continuar a missão de ser luz e sal na Terra, promovendo o Reino de Deus, com renovado vigor e criatividade.

IRMÃS DE SÃO JOSÉ NO CONGRESSO

O grupo de 20 Irmãs de São José (Chambéry, Instituto, Rochester) participou do Congresso. Algumas Irmãs partilham o valor deste para a Vida Religiosa Consagrada da Irmã de São José e destacam algo do que foi mais importante dos temas e reflexões, para suas vidas e missão

Irma Miriam Rosa Nicolodelli (Chambéry)

“O Congresso foi um momento de unidade dos mais diversos carismas e espiritualidades, onde todas e todos pudemos vivenciar a sinodalidade da Vida Religiosa Consagrada (VRC). Como Irmãs de São José, sempre sonhamos e buscamos a vivência da intercongregacionalidade em nossas comunidades e nos mais diversos campos de ação eclesial, social, política e econômica. Neste Congresso, não só sentimos e percebemos essa possibilidade, mas também fomos convocadas e apeladas a fazer isso acontecer para juntas e juntos, respondermos às necessidades e urgências do mundo de hoje.

Foi muito significativo a retomada da memória agradecida, mística, profecia e esperança. Pudemos sentir a caminhada da CRB Nacional no decorrer destes 70 anos e perceber que essa linda, significativa e desafiadora história foi construída com a participação, colaboração e o comprometimento de cada uma e cada um de nós, das Congregações e Institutos. Destaco o trabalho da Coordenação que anima e convoca à unidade a VRC no Brasil.

Sobre os temas, todos fazem parte da história e da caminhada vivida e projetada para o futuro da VRC no Brasil. Contudo, significativo e desafiador, para mim, é a "profecia e esperança" na defesa da Vida humana e do planeta. Com a força e inspiração do Deus da Vida, somos chamadas e chamados a caminhar e a ser presença de esperança, como VRC e ISJ, na realidade em que vivemos”.

Irma Josefa Magalhães (Chambéry)

“Nosso carisma é de Unidade e Comunhão e é fundamental caminhar em unidade com a CRB Nacional e nos seus Núcleos. O Congresso fortaleceu essa caminhada na sinodalidade e nos desafiou a termos uma vida coerente com a opção de vida que assumimos. Devemos ser sinal da revelação do Deus Trindade em nossas comunidades religiosas, na comunidade eclesial e no meio do povo de Deus.

A profecia, especialmente o painel das presenças proféticas, foi o mais significativo para mim. A profecia é viva e forte. Os testemunhos transmitidos me tocaram profundamente e me desafiaram a ter uma ação concreta no cuidado do meio ambiente, aqui na comunidade de Cansanção, onde o lixo não é reciclado. Planejo me informar na Prefeitura sobre essa questão. Acredito que a mística caminha junto com a profecia

A memória agradecida se destacou para mim. Que linda história dos 70 anos da CRB, construída por uma multidão de religiosas e religiosos que doaram e continuam doando suas vidas com muita dedicação e empenho na missão evangelizadora, em todo o Brasil e no mundo. Quantas boas ações foram e continuam sendo realizadas. Meu coração está cheio de alegria em vivenciar e sentir este tempo de graça no Congresso dos 70 anos da CRB. Essa graça também se estende para a Congregação e para a Igreja”.

Irma Talita Angélica (Instituto)

“Reforça a força da caminhada intercongregacional e a importância dos encontros e partilhas, da convivência. A caminhada intercongregacional é fortalecida pelos encontros e partilhas e pela convivência. Esses momentos são essenciais para reforçar nossa unidade e colaboração mútua.

Na realidade onde estou inserida, distante de outros contatos com a VRC e de momentos de encontros como os da CRB, sinto que a vida da missão e suas próprias dinâmicas acabam me tomando por inteira. Vivenciar um momento celebrativo como este me faz recordar minha vocação de consagrada e a importância da nossa identidade comum.

Retomar a memória é essencial, não só para valorizar o que foi construído, mas, também, como um lembrete constante de inovar a partir do conhecimento adquirido. Esse processo de recordação e inovação fortalece nossa caminhada e nos impulsiona a continuar nossa missão com renovada energia e propósito.

Ana Amélia (Chambéry)

O Congresso marcou nossas vidas, de religiosas, de cristãs, de igreja. Participei com muita alegria, e, a cada momento, ia fortalecendo mais a vivência da sinodalidade da comunhão. Como ISJC, foi muito significativo: os testemunhos de líderes anciãs na presidência nestes 70 anos, a força profética em anos duros da ditadura militar, o martírio de religiosas e religiosos. As demandas pela opção preferencial pelos pobres, os testemunhos de ações junto às periferias, aos migrantes, aos sem-terra, aos quilombolas, à questão do trabalho escravo. Participei do grupo de trabalho sobre "Um grito pela vida", desafiante e urgente fortalecer este compromisso.

Sinto que o mais importante é a vida que acontece, reconstruir-se a partir do dinamismo da presença profética, comprometida, com alegria, e celebramos neste Congresso uma bela Memória agradecida. Os temas foram tão intercalados na prática e no significativo para minha vivência que destaco todos na sua importância, beleza, riqueza de vivências: Memória agradecida, Mística, Profecia, Esperança.

‘Vamos juntas/os celebrar em Memória Agradecida os 70 anos de CRB. Junto às dores deste mundo, somos luz e esperança De olhos fixos em Jesus, Unidas somos luz’.

Gertrude Salette Beal (Chambéry)

Somos CRB e a nossa participação como Irmãs de norte a sul do país, grupo significativo como Província, somando com as outras Congregações de São José, destaca que somos mulheres ousadas que fazem a diferença.

Importantes para mim foram os conteúdos desenvolvidos, o encontro com as religiosas/os, a organização do evento e as Celebrações Eucarísticas. A experiência na convivência e as conexões que pude fazer com Deus, comigo mesma, fazendo uma releitura pessoal, reencontro com muitos/as conhecidos/as e o compromisso com o universo no cuidado do planeta. Destaco a acolhida no Instituto das Irmãs de Sant’ Ana. Destaco ainda os temas da Memória e Esperança. Na memória, toda a releitura que o Frei Luiz Carlos Suzin fez, com objetividade e muita clareza, desde a fundação oficial em 1954 até 2024. Tempo grávido de promessas. “Somos tabernáculo do Espírito e da encarnação”. Em 1950 contávamos com 36.000 religiosos no Brasil. Com o Vaticano II, houve uma grande abertura e novas experiências junto às comunidades do povo, a VRC foi se inserindo. Hoje, estamos na retomada de uma caminhada como Igreja – Sinodalidade. A memória é nossa identidade, o que fazemos é atualizar, trazer para o presente.

Esperança – “A VRC é a memória viva de Jesus Cristo na Igreja”. A Palavra de Deus é eficaz, o Espírito Santo é quem nos conduz. O Reino já está aí, nós o tornamos visível. A Fé é acreditar no amor de Deus e revelá-lo. A Caridade é a expressão da Fé. Ver os sinais é ir além, como fez Maria Madalena. Podemos nos perguntar: quais são os motivos de nossos choros na VR? Por que choramos e por quem? João 20,11-18 - Sai do vazio da morte. Por que choras? O que buscas? O Senhor está presente na realidade onde estamos. É preciso ser como Maria Madalena, que com sua experiência diz: Eu vi o Senhor. A esperança faz superar a inércia, olhar de outro modo”.

Rosa Maria Porangaba (Chambéry)

O Congresso é de vital importância para a Vida Religiosa Consagrada das Irmãs de São José, pois nos permite dar um novo significado à nossa esperança, revisitando nosso passado para iluminar o presente e olhar para o futuro que estamos construindo. Este evento nos prepara para entregar às novas gerações um caminho de discipulado, sinodalidade, missionariedade e vida centrada em Jesus, o que dá sentido às nossas buscas. Além disso, o Congresso nos chama a fortalecer a profecia e renovar nosso compromisso de ser uma Igreja em saída, sinodal e profética, permanecendo fiel ao nosso fundador, Nosso Senhor Jesus. Ele nos reafirma como discípulos e discípulas missionários desse projeto de vida e santidade, essencial para a nossa missão e identidade como consagradas.

Para mim o mais importante foi a interação fraterna e profunda, vivida durante o Congresso, que reativou a esperança e impulsionou uma caminhada de mais ânimo e entrega. Esses momentos, iluminados por referências da Vida Religiosa e da Igreja, proporcionaram oração, eucaristia, descontração, alegria, diálogo e escuta, especialmente na peregrinação ao santuário São Francisco das Chagas, em Canindé, Ceará. A renovação do compromisso de fidelidade missionária e ao carisma fundacional foi marcante e motivadora, reavivando a vocação-missão e o desejo de “abraçar com esperança o futuro”. Em suma, este evento foi um verdadeiro Kairós, um tempo oportuno de graça, que motiva, impulsiona e reaviva a vocação-missão das Irmãs, preparando-as para os desafios futuros com esperança e determinação.

Destaco o painel Esperança: O tema foi profundamente marcante. O Congresso enfatizou que, em meio a tantas realidades de dor e sofrimento, a Vida Religiosa Consagrada é chamada a ser um sinal de esperança no mundo. Cristo é apresentado como nossa própria esperança, e somos enviados a proclamar essa esperança pela vivência da sua Palavra. A renovação da vocação-missão com alegria e o compromisso de "despertar o mundo" para o divino, que habita em nosso meio, são aspectos que reafirmaram a importância de manter a esperança viva, mesmo nos tempos mais desafiadores.

Rita Jani (Instituto)

Proporcionou celebrarmos juntas como Vida Religiosa Consagrada a memória agradecida de tantas vidas de irmãs e irmãos que se doaram sem se poupar a serviço do Reino. Dentro dessa mística, a vida de tantas Irmãs das nossas Congregações de São José que, no escondimento, também foram e são fermento na massa. O segundo aspecto é o próprio momento do encontro com outros irmãos e irmãs de caminhada. "Como é bom e suave os irmãos viverem juntos" (Sl 133). O abraço, a escuta, o sentir junto e juntas... Não estamos sós no caminho. Foi um acender e reacender a chama do nosso ser Consagrados, mulheres e homens da profecia e da esperança! O terceiro aspecto foi estar juntas como Irmãs de São José, nos reconhecermos neste caminho profético da vida Consagrada, "ir onde ninguém vai" e construirmos juntas a unidade a partir de uma esperança viva e ativa! (Foi muito bom nos encontrarmos)!

Confesso que tenho dificuldade em destacar o que foi mais importante. Penso que todo o Congresso foi muito importante, tocante, pensado e preparado com muito carinho. Mas, fazer a memória de quem nos precedeu (toda a organização da CRB), para mim foi muito forte, porque são nossas raízes e identidade. Foi a Vida Religiosa Consagrada que ousou em um contexto desfavorável, foi uma voz profética e esperançosa que se organizou para melhor servir e resistir às estruturas vigentes. A história da CRB, por si mesma, já é uma profecia!

A fala da Irmã Zuleica foi muito profunda, provocadora, cheia de vida e, acima de tudo, de muita esperança e de confirmação da nossa vocação como Vida Religiosa Consagrada... "ESPERANÇAR SEMPRE!"

Nilva dal Bello (Chambéry)

O Congresso foi uma experiência que fortaleceu o Carisma da unidade das Irmãs de São José, a riqueza da partilha da Vida Religiosa Consagrada, em conexão com as Comunidades, a Igreja, e com o povo, de modo especial, os mais empobrecidos e vítimas das enchentes.

Foi importante o tema geral da Conferência: “Memória, Mística, Profecia e Esperança”. As Celebrações, de modo especial, a de abertura dos 70 anos da caminhada progressiva e dinâmica da VRC no Brasil e na América Latina. Fortalecimento do dinamismo no Seguimento de Jesus Cristo na essência e na caminhada conjunta. Alegria de estar presente no Congresso e vivenciar o testemunho de vida na intercongregacionalidade. Destaco, também, as experiências vivenciadas pelas Congregações: A casa de acolhida para mulheres abusadas, em Porto Alegre; Inserção e trabalho com indígenas do Amazonas; CRB/RS – “Enchente em Muçum”; Projeto de Transformação das Cooperativas de Reciclagem do lixo em Passo Fundo/RS; Sintonia e oração com as Tragédias Climáticas no RGS. Destaco a dimensão profética: repercutiu mais forte o fortalecimento e urgência da escuta e ação do “Grito pela vida: humana e da casa comum”, em mim, em nossas Comunidades, na Província e nas Congregações. “A hora é agora.”

Ireny  (Rochester)

Nós, Irmãs de São José, somos consagradas para servir a Deus na pessoa dos irmãos que precisam da nossa ajuda. Estamos em boa parte do mundo e, no Brasil, estamos ligadas a todos os Consagrados através da Conferência dos Religiosos, que há 70 anos foi criada para animar e fazer com que os carismas das Congregações fossem conhecidos e respeitados através dos trabalhos realizados pelos consagrados. O Congresso foi uma celebração do reconhecimento da nossa presença e atuação junto à Conferência. Dá ânimo saber que a Vida Religiosa Consagrada está contribuindo muito para a melhoria da vida no planeta e que nós, Irmãs de São José, temos feito muito e estamos fazendo muito.

Foi muito importante a troca de experiências e o poder celebrar juntos a mesma história/memória, a mesma mística, a mesma profecia e comungar a mesma esperança, que todos os religiosos têm de uma transformação para o melhor. Deu para experimentar que somos muitos fazendo o que conseguimos e, com esperança, para que o meio ambiente seja recuperado e respeitado pelo desenvolvimento. Vale a pena tudo que estamos fazendo.

Eu fiquei orgulhosa de ver o número de nós, Irmãs de São José, participando do Congresso: somos uma família amada e amável, que buscamos e celebramos a vida. Adorei estar com vocês todas no Congresso

Maria da Graça Silva (Instituto)

A temática nos faz abrir novos horizontes para nós, Irmãs de São José. Memória - onde estamos somos capazes de fazer uma releitura do passado. Sobre a Mística, à luz da Palavra, me questionou a pergunta: Qual o valor que dou a dimensão mística pessoal e comunitária/congregacional. Profecia, dar o testemunho de Irmãs de São José, sendo capaz de anunciar e denunciar as situações que tiram a dignidade do povo. O mais importante, para mim, foi a Romaria a Canindé ao Santuário, pelo testemunho de Francisco: humilde e de cuidado com a casa comum. Dos temas. Destaco a Esperança do verbo Esperançar. Saber manter os olhos fixo em Jesus e não deixar que os sofrimentos ofusquem o nosso desejo de sermos artesãs da esperança pessoal, comunitária e congregacional.

Luzinete (Instituto)

“O Congresso foi de cunho celebrativo e de ação de graças pela própria história da CRB nos seus 70 anos e pelos meus 25 anos de vida Consagrada. Destaco a apresentação de tantos projetos geradores de vida e cuidado, sobretudo nas periferias existenciais, onde a vida é ameaçada. Enfatizo ainda o tema da esperança. A fala da Irmã Zulmira, onde ela diz que a VRC é chamada a ser sentinela da vida eterna, ser memória viva de Jesus Ressuscitado, a tornar visível a primazia das promessas de Deus, a deslumbrar a eternidade na história, a vitória plena da vida na morte...

Rosane Stefennon (Chambéry)

A celebração dos 70 anos de caminhada da CRB, trajetória marcada por significativas mudanças de posicionamento na Vida Religiosa Consagrada, Igreja e sociedade. Somos todos CRB. Marcou-me, profundamente, a celebração dos mártires da caminhada, minhas causas são mais importantes que minha própria vida. Destaco o tema da profecia - o testemunho da Vida Religiosa Consagrada nos diferentes contextos, na fidelidade ao chamado, assumindo a posição de defesa da vida, sobretudo a Vida Religiosa Consagrada feminina.

Joana Francisca (Chambéry)

É a vivência da comunhão com todas e todos da CRB, compromisso com a vida. O mais importante foi o encontro com as pessoas, reencontro, abraços. Do conteúdo, destaco a esperança como caminhada, busca, força, ânimo.