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SÃO JOSÉ É UM LEIGO ESCOLHIDO A DEDO, POR DEUS

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Sinto-me feliz em escrever sobre meu grande amigo São José, a pedido do grupo JPIC/Brasil

 

 

 

Considero um belo acontecimento em minha vida, as coincidências de ter nascido no dia 19 de março, sob a proteção de São José; registrada no cartório por meu irmão mais velho, José; batizada pelo Pe. José, na Igreja São José, hoje Catedral de Campo Mourão/PR e por fim o seguimento a Jesus Cristo na Congregação de São José, que tanto amo e admiro.

 

 

 

José revelou em sua missão histórica e bíblica o valor do “laicato” cristão na história da Salvação. Por ser reconhecido hoje como leigo “qualificado”, São José é cada vez mais imitado, invocado e venerado de diferentes formas.

 

 

 

São José é o escolhido por Deus para ser seu representante na terra, a personificação do Pai, conforme afirma Leonardo Boff, em seu livro. Ele é o esposo de Maria e pai adotivo de Jesus.  Muitas vezes isto é esquecido, deixando Maria meio que sozinha na missão de gerar o Filho de Deus, dele cuidar, acompanhar, educar, formar. Em todas estas etapas José esteve presente, como responsável pelo bem-estar de Maria e do filho Jesus, garantindo a entrada de Deus na história humana. Seu Sim e o Sim de Maria se complementam em igualdade, inaugurando novas relações entre homem e mulher, no respeito e na ajuda mútua, como casal.  Os dois são responsáveis diante de Deus e da humanidade para cuidar e preservar a vida de Jesus, garantindo a salvação de todo o ser humano.

 

 

 

São José é também o Padroeiro da Igreja, título dado pelo Papa Pio IX, em 1870, durante o Concílio Vaticano I.

 

 

 

Outro título especial e notável que define, de modo íntimo e grandioso, de José, é o título de “homem Justo”, que se encontra em Mt. 1,19.  Certamente não se trata apenas de ser honesto, cumpridor de leis e realizador de atitudes coerentes. Justo significa também estar atento à ação de Deus e sua vontade que se manifesta na vida e na história das pessoas. José, o Justo foi de uma dedicação sem par para garantir o amparo da Sagrada Família. Foi incansável na busca do melhor para sua esposa, mãe do Filho de Deus. Deu a Maria a segurança nos momentos mais difíceis: da concepção ao nascimento de Jesus, da fuga ao retorno do Egito, da circuncisão de Jesus e, depois, aos seus 12 anos, na visita ao Templo.  A justiça de José não é simplesmente uma ação pontual, mas uma qualidade de seu caráter, de sua identidade. Neste sentido, José pode ser um referencial na ação da JPIC da Congregação, que busca dar passos de anuncio e denúncia, na concretização da Justiça, da Paz e da Integridade da Criação.

 

 

 

Em 1955, Pio XII fixou a data de 1º de maio como Dia de São José Operário, para recordar o confronto de operários com a polícia de Chicago, nos Estados Unidos, quando dezenas de manifestantes foram feridos e seis foram mortos.  Contudo, aprendi com o Pastor Ecumênico Milton Shuantes, que além de operário, José era agricultor e que isto se explica pelas parábolas de Jesus que fala de experiências com a terra e com a natureza:  o semeador, os lírios do campo, a videira e os ramos, a alimentação dos pássaros, o grão de trigo, a busca do tesouro escondido e tantas outras comparações.  Perguntei a ele porque esta profissão de José e de Jesus não aparece explícita. Ele disse que assim como hoje, a profissão de agricultor, antigamente, não era tão valorizada como a do artesão da madeira. Com isto concluí, que Deus escolheu, como seu representante na terra, um leigo trabalhador do campo e da cidade. Um trabalhador autônomo, que não dependia de chefes de empresa, nem de patrão. Jesus foi seu aprendiz e auxiliar por diversos anos.

 

 

 

Não temos informações sobre a morte de José, mas os evangelhos não o apresentam na vida pública de Jesus. E a Igreja lhe atribui o título de Protetor da Boa Morte, porque Maria e Jesus estavam do seu lado, quando passou desta vida para a eternidade.

 

 

 

Acho uma feliz ideia a do nosso fundador Pe. Jean Pierre Médaille, com as seis primeiras Irmãs, de colocar São José, como Protetor da Congregação, o homem dos sonhos concretizados na realidade. Ele entendeu através do sonho, o que aconteceu em Maria grávida e por isso A acolheu. É um modelo de decisão e de coerência, de força de vontade, de auto renúncia. Este José dos sonhos, não tem muito a ver com aquela figura de idoso que segura uma criança nos braços, mas sim a de um jovem capaz de se aventurar no risco de assumir atitudes de fé, diante do desconhecido. Alegra-me ver tantas novas imagens de José que estão surgindo atualmente e sobretudo em companhia de Maria. Excluir Maria da companhia de José é considerá-la mãe solteira ou ignorar os laços familiares, hoje tão deturpados pelas reportagens de família de casais homo afetivos. Poderão ser aceitas novas realidades, mas a essência baseada na Palavra de Deus permanece.

 

 

 

Merece aplausos a iniciativa do Papa Francisco, em introduzir na Oração Eucarística o nome de José e promover o Ano de São José.  Isto nos desafia a torná-lo mais conhecido e amado entre nós e junto ao povo. Vamos divulgar e participar intensamente no tríduo de São José, neste ano 2021, na Live que integra, a Província e a Rede Latino Americana e Caribenha nos dias 16, 17 e 18 de março.

 

 

 

Ir. Laura Muraro Gavazzoni

 

Comunidade São José – Guaíba/RS

 

Representante da JPIC – Núcleo Sagrada Família

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