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Crianças e adolescentes – O grito por ajuda

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O Centro Promocional São José (CPSJ), Jaú – SP, é um Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos que atende 300 crianças e adolescentes de 6 a 15 anos no contra turno escolar, sendo um ambiente transformador que estimula o conhecimento e desenvolve potencialidades, habilidades e valores. Além do trabalho diário com as crianças e adolescentes, a equipe técnica de assistentes sociais e psicóloga, também realiza um trabalho com as famílias.

 

 

 

O Centro Promocional São José atua numa área cujas maiores demandas das famílias atendidas são Violência Doméstica, uso abusivo de álcool e drogas, ausência e/ou insuficiência de renda e alimentos causada pelo desemprego, moradias precárias, trabalho informal e famílias monoparentais femininas. Cerca de 80% das crianças e adolescentes atendidas pela Unidade residem em domicílios localizados em regiões com alto índice de vulnerabilidade e/ou risco social.

 

 

 

A partir de desafios vividos, a Associação de Instrução Popular e Beneficência (SIPEB), das Irmãs de São José de Chambéry, promoveu em suas Unidades, um projeto do Centro Latino-americano de Estudos de Violência e Saúde (CLAVES), visando a prevenção nesta área: “Brincando nos fortalecemos para enfrentar situações difíceis”: Proposta de prevenção de violência sexual contra crianças e adolescentes e promoção de Bons Tratos.

 

 

 

O objetivo é prevenir maus tratos e a violência sexual e promover bons tratos, através de dinâmicas como canções, danças, jogos de mesa, jogos teatrais, história, quebra-cabeças e outras técnicas que educam para o enfrentamento do assédio e abuso sexual. As dinâmicas e o uso do material disponibilizado, tanto ajudam a prevenir como oferecem apoio a crianças ou adolescentes vítimas de tais circunstâncias.

 

 

 

A gravidade desta problemática requer uma abordagem integral. Para isso, é preciso levar em conta as causas e os efeitos, as dimensões individual e estrutural, os componentes corporais, psicológicos e espirituais, a necessidade de corrigir os danos produzidos e as demandas de um trabalho nos âmbitos educacional e social.

 

 

 

Durante os quatro anos de execução das oficinas CLAVES, em nossa Unidade destacamos quatro relatos de crianças vítimas desse tipo de violência, na maioria envolvendo agressão de pessoas conhecidas pelas vítimas. As oficinas ajudaram a empoderar nossas crianças e adolescentes para gritarem por ajuda.

 

 

 

Nos casos vivenciados no Centro Promocional São José, buscamos oferecer às vítimas o necessário suporte. O Conselho Tutelar tomou as atitudes cabíveis para cada caso. Foi oferecido atendimento psicológico tanto para as vítimas quanto para os familiares.

 

 

 

O impacto da violência sexual nas vítimas e em suas famílias é muito variado. Depende da combinação de uma série de fatores, como compreensão e apoio da família em relação à criança ou adolescente, as características da situação abusiva, busca por acompanhamento de profissionais competentes e o vínculo de proximidade com o abusador.

 

 

 

O Projeto Claves veio para desenvolver em nossas crianças e adolescentes fatores protetores, tornando-os menos vulneráveis aos maus tratos e à violência sexual, além de se tornarem agentes de prevenção e transformação para si próprios e para os outros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RELATO 1

 

 

 

Estávamos realizando o fechamento de uma atividade, onde abrimos espaço para os participantes falarem sobre seus sentimentos e aquilo que foi mais marcante, quando uma das crianças do grupo relatou que o padrasto não gostava que ela conversasse com o pai pelo celular, esse foi o grito por ajuda com voz embargada por medo e entre lágrimas que nos relatou frente ao grupo o que estava vivenciando.

 

Pensando em preservar sua intimidade, perguntei se poderíamos continuar nossa conversa assim que terminasse a oficina e ela prontamente aceitou. Relatou a situação que estava vivendo dentro de casa com o padrasto nos pediu ajuda e assim fizemos. Acionamos o Conselho Tutelar que prontamente nos auxiliou, realizando o atendimento com a vítima e com a família.

 

O caso acima descrito ainda está em andamento na justiça, já fomos ouvidos em depoimentos e aguardamos sucesso para esse caso.

 

A vítima e sua família contaram com atendimentos especializados de acordo com as necessidades apresentadas.

 

 

 

RELATO 2

 

Em todas nossas oficinas procuramos desenvolver em nossas crianças e adolescentes fatores protetores, um deles é ter alguém em quem confie.

 

Tínhamos uma criança que estava apresentando mudanças em seu comportamento, participava das oficinas, e procurou ajuda de uma das colaboradoras, que prontamente ouviu seu grito por ajuda.

 

A criança estava sendo vítima de abuso sexual dentro de sua casa pelo padrasto, recorremos ao Conselho Tutelar, o órgão que é responsável por cuidar desses casos.

 

A vítima participa de atendimentos psicológicos tanto em nossa unidade como fora. O caso ainda está em andamento e aguardamos bons resultados.

 

 

 

RELATO 3

 

Realizamos no Centro promocional São José a semana de Prevenção e Combate ao Abuso Sexual Infanto-Juvenil, utilizamos diversos recursos entre eles filmes que abordavam o tema.

 

Em um dos grupos, trabalhamos o filme “O Silencio de Lara”, que foi uma ferramenta fundamental para que uma de nossas adolescentes gritasse por ajuda.

 

Ao terminar o filme, a adolescente procurou ajuda de sua educadora, relatando o que estava vivenciando em sua casa com o padrasto.

 

Acionamos o Conselho Tutelar que realizou todas as providências para com a vítima e sua

 

família.

 

Gabriela Cristina Basso Cezarino - Educadora

 

 

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