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Comida de Verdade em nossas mesas

 

 

 

Parece banal falar sobre Comida de Verdade em nossas mesas. Será que não procuramos todos os dias, alimentar-nos com Comida de Verdade?

 

 

 

Consideremos a Alimentação em três aspectos:

 

 

 

1.     A produção - O que é produzido e como?

 

Felizmente, há um enorme esforço para investir na agricultura orgânica e produzir alimentos saudáveis, naturais, livres de pesticidas.

 

Mas, na produção em escala, o agronegócio faz a festa com largo uso de pesticidas. Segundo dados de 2018, o país usa cerca de 20% de agrotóxicos comercializados em todo o mundo. E cada brasileiro tem direito a 7 litros do veneno por ano na sua alimentação. Enquanto isso, as gigantes agroquímicas locupletam-se.

 

 

 

2.     Armazenagem e conservação – Como se faz o processamento?

 

Hoje, 85% dos alimentos consumidos no Brasil passam por algum processamento industrial, contra 70% em 1990 e apenas 56%em 1980. São técnicas de alterações via aditivos químicos ou não, para prolongar a validade.

 

No processamento industrial está um nó da alimentação saudável. Basta ler a lista de “ingredientes” de um produto. Quanto mais ingredientes, maior o grau de processamento e menos saudáveis os alimentos.

 

 

 

3.     Distribuição -  O que é distribuído e como?

 

Na distribuição pesa o fator poder aquisitivo e a manipulação do padrão nutricional imposto pela mídia corporativa, segundo os interesses da indústria de alimentos. A população, de baixa renda e desavisada, tende a colocar na mesa uma dieta compulsória pouco saudável, com alimentos ricos em calorias e pobres em nutrientes. Alimentos que “enchem a barriga” sem ser “comida de verdade”, na palavra do Guia Alimentar para a População Brasileira

 

 

 

Não sem razão, o médico norte-americano Llaila O. Afrika, uma das autoridades mundiais em saúde e nutrição, criou a expressão “nutricídio” - sinônimo de genocídio alimentar, como fala no livro sobre a destruição nutricional da Raça Negra. De certa forma, pode-se falar em “destruição nutricional” da toda população que não tem acesso à alimentação saudável. 

 

 

 

No Brasil, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, criado em 22 de abril de 1993, assessorou, em década recente, um Projeto Federal de Combate à Fome, chegando a resultados memoráveis, revertidos nos últimos anos, infelizmente. 

 

 

 

Em novembro de 2014, após amplo debate, foi aprovado, o Guia Alimentar para a População Brasileira (Ministério da Saúde). O Guia resgata conhecimentos importantes para as escolhas alimentares do povo brasileiro. Tem o propósito de oferecer à população, informação sobre alimentação saudável e seus benefícios.

 

 

 

O Guia Alimentar desmitifica o abuso midiático na publicidade de alimentos. Compreende-se que o setor privado - a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (BIA) fez oposição ao Guia, incomodada com a NOVA classificação que o Guia traz dos alimentos, baseada no grau de processamento industrial. No Ministério da Saúde atual, o setor continua fazendo críticas e pedindo a revisão do "Guia Alimentar para a População Brasileira", principalmente no que se refere ao consumo de alimentos ultraprocessados, os que abarrotam as prateleiras de supermercados.  

 

Em dura resposta, especialistas em nutrição lembram que órgãos internacionais, como a FAO, a OMS e o UNICEF, consideram o Guia Brasileiro, um exemplo a ser seguido. E os Ministérios da Saúde de vários países têm seus guias alimentares e suas políticas de alimentação e nutrição inspirados no Gia do Brasil. É o reconhecimento internacional do Guia.

 

 

 

Para uma alimentação saudável, a dica é cozinhar em casa dando preferência a alimentos frescos, in natura. A regra de ouro é: “Descasque mais e desembale menos”.

 

 

 

A nova classificação dos alimentos, conforme o Guia:

 

 

 

−       In natura: Alimentos que vieram direto da natureza, como frutas, legumes e verduras. Se forem orgânicos, melhor.

 

−       Minimamente processados: Alimentos submetidos a alterações mínimas, como limpeza, seleção, secagem e embalagem: frutas em pedaços e embalados, arroz, feijão, etc.

 

−       Processados: Produtos fabricados a partir do alimento natural, mas com a adição de sal ou açúcar, como conservas de frutas, carnes salgadas, queijos, .... Limitar o uso é de bom aviso, pois sofrem alterações nutricionais desfavoráveis.

 

−       Ultra processados: Produtos formulados pela indústria, com pouco ou nenhum ingrediente natural e adição de várias substâncias, aditivos químicos e alimentares. Basta ver a lista de “ingredientes”, aquelas letras pequenininhas, de um produto, difíceis de ler... Mais de 5 ingredientes, pronto: é alimento ultraprocessado! Na lista estão: biscoitos recheados ou não, salgadinhos, barrinhas de cereal, pratos prontos, refrigerantes, macarrão instantâneo e ... a lista é grande — são um risco, uma cilada à saúde. Pior, que além de se oferecer em profusão, estão à mão para consumir e a preços até acessíveis.

 

 

 

É assim que a correria da vida convida a trocar alimentos in natura e minimamente processados, por alimentos industrializados prontos para o consumo (processados e ultra processados), em geral ricos em sódio, calorias, aditivos e praticamente sem nutrientes. Facilidade perigosa que abre as portas para doenças, expõe a riscos de saúde.

 

 

 

O Guia é uma proposta qualitativa. É parceiro no desafio de melhorar a qualidade da alimentação do povo brasileiro, com vistas à promoção da saúde e ao cuidado na prevenção de doenças crônicas ou não. O Guia, como instrumento a favor da saúde, faz sua parte na busca do “bem viver” para toda a população.

 

 

 

O propósito desta reflexão é para sentir-nos desafiadas/os sobre a responsabilidade e importância de adotar hábitos de vida saudáveis em nossas comunidades, famílias, amigos/as ou em outros grupos sociais por meio do estímulo à adoção de rotinas de vida mais benéficas de alimentação e cuidados com o corpo/com a nossa saúde. Aliar a alimentação saudável ao “bem viver”, a novas práticas de cuidado, ao compromisso com a “casa comum”. O “bem viver” das cosmovisões indígenas e africanas, nos ajuda a pensar o coletivo/comunitário e a preservação da natureza, da qual somos parte. Fica o convite para nos somarmos cada vez mais à superação da lógica do capitalismo desenvolvimentista com seus efeitos de desigualdade que desrespeitam a vida, a dignidade e os direitos das pessoas.

 

 

 

Irmã Paula de São José Gobbi – São Paulo – SP

 

                                            

 

Teste sobre Comida de Verdade (Se for colocar, acho que basta o primeiro...)

 

 

 

1.     Interessante: Tem um pouco de texto, mas depois segue o teste com 16 imagens para reconhecer alimentos conforme as 4 categorias (Tem correção imediata):

 

−       In natura

 

−       Minimamente processados

 

−       Processados

 

−       Ultraprocessados

 

 

 

https://www.cozinhasincera.com/comida-de-verdade/

 

 

 

2.     Quanto por cento (%) você gosta de comida de verdade:

 

 https://buzzfeed.com.br/quiz/quantos-voce-gosta-de-comida-de-verdade

 

Pode ser baixado na Internet

 

Guia Alimentar para a populao brasileira verso resumida

 

Edição resumida de bolso:

 

 Pode ser baixado no Link:

 

http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guiadebolso2018.pdf

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